sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Doutores da Alegria!


Em 1986, o ator michael Christensen, diretor dos clowns do Big Apple Circus de Nova Iorque, foi convidado a fazer uma apresentação voluntaria para celebrar o Dia do Coração, uma confraternização entre medicos e antigos pacientes de cardiologia pediatrica. Michael optou por satirizar as rotinas medicas e hospitalares, realizando, entre outras coisas, um transplante de nariz vermelho e uma tranfusao de milk shake.
A reaçao do publico foi tao positiva que Michael pediu para visitar as crianças internadas que puderam participar do evento, e apresentou-se como o “novo medico” do hospital, visitando um dos quatro andares da pediatria. Mais do que positivo, o resultado foi surpreendente: crianças que se encontravam deprimidas e apáticas participavam ativamente dos jogos propostsos pelo “medico de mentirinha”; foram abertos novos canais de encarar a rotina hospitalar; e as imagens traumaticas foram substituidas por procedimentos alegres e engraçados.
Após uma segunda visita do artista, o hospital conseguiu uma doaçao da Fundação Altman no valor de U$ 10,0000.00, que garantia a continuidade temporaria das visitas do “clown doctor”. E o que ninguém esperava aconteceu: o trabalho nunca mais parou.


Com a metodologia de ação especifica, o trabalho foi ganhando a simpatia e o respeito dos pais e profissionaos da classe medica e foi se estendendo às áreas de acesso restrito ao grande público ( U.T.I.s, isolamento maximo e outras). E assim, com o apoio do Big apple Circus, uma das maiores organizações culturais sem fins lucrativos de Nova Iorque, nasce a Clwn Care Unit, que conta hoje com cinqënta artista de primeira linha, especialmente treinados para levar alegria às crianças internadas em 10 dos mais importantes Hospitais de Nova Iorque, Washington, Boston e Seattle.
Contagiados por essa alegria, 3 artistas do grupo fundarão “programas-irmãos” no Brasil, França e alemanha.



Nascem os Doutores da Alegria.
Em 1991, após 9 anos de trabalho como ator em Nova Iorque, Washington Nogueira retorna ao Brasil com o sonho de fundar aqui os Doutores da Alegria.
E realmente parecia somente um sonho. Seria preciso criar toda uma infra-estrutura, contratar e treinar atores e obter apoio financeiro. Sem contar com fato de que colocar um palhaço num hospital brasileiro era completamente novo.
Foi nessa hora que Wellington, transformado em Dr. Zinho, usou tratamento infalivel contra o desanimo: doses cavalares de bom-humor, algumas injeções de animo e persistência para esperar os resultados. Os primeiros exames revelaram uma súbta melhora: pessoas certas foram sendo colocadas nos lugares certos, nas horas certas.
Em maio daquele ano, o Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, passando por um intenso processo de reformulação e modernização dos conceitos de qualidade no atendimento aos pacientes, comprometeu-se com a causa da humanização hospitalar, acompanhando uma tendencia amplamnente disseminada entre hospitais americanos e europeus, e percebendo que um paciente feliz tem predisposição maior para a cura.
Assim, em setembro de 1991, numa iniciativa pioneira do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em parceria com Wellington Nogueira, teve inicio o programa brasileiro, batizado com o nome de Doutores da Alegria, oficialmente afiliado à lown Care Unit do Big Apple Circus. E o trabalho não parou mais de crescer.
Os primeiros passos.



Em principio em carater experimental, contada apenas com um “besteirologista”, o Dr. Zinho ( Wellington Nogueira), o projeto logo consquistou a admiração e o respeito de todos, em especial as criança.
O próximo passo, após três meses de experimentação, foi então montar em si, com as devidas caracteristicas que o diferenciavam de um simples entretenimento, segundo o bem sucedido modelo americano, formando um casal de artistas para, duas vezes por semanas, quatro horas por dia, visitar as crianças leito a leito, inclisive na U.T.I e na Unidade de Cirurgias Ambulatorial.


Começou, então, a busca pela artista ideal: uma atriz profissional muito boa, com grande sencibilidade e sólida formação na área de Teatro Clown. Não foi facil, mas depois de entrevistar e testar várias candidatas, encontramos a “Dra. Emily” ( a atriz Vera Abbud), primeira “ besteirologista” treinada no Brasil, que se revelou um verdadeiro achado. Com o trabalho em dupla, o programa passou a existir de verdade, segundo os padrões do seu irmão americano.
A pontecialização foi, então, quase que imediata, resultando em produtividade e aceitação ainda maiores: em pouco tempo, medicos e enfermeiras passaram a solicitar nosso trabalho, e a cooperação foi ficando cada vez mais gratificante; os corredores do hospital pareciam ter mais cor, mais elementos de surpresa, mais vida.



“Esse foi o primeiro sorriso do meu filho nos últimos dias”.
Mãe de um jovem paciente.
E assim continuamos nosso trabalho: transplante de nariz vermelhos, bolhas de sabão, mímica, magica, finalmente, faziam parte da rotina do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Os relacionamentos entre os Doutores da Alegrias e as crianças iam se solidificando e na U.T.I uma enfermeira já coseguia fazer malabarismos com três lenços. Pouco a pouco o trabalho foi se desenvolvendo.

Curso de informática com o Prof. Ramiro Barros!
Caroebe/RR, 11/11/2011.





 

 

 

 

 




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