sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sintese da Campanha da Fraternidade de 2012.

síntese da CF 2012

Postada em: 29, Março 2012 - 10:23:23

CF 2012 – Fraternidade e saúde pública: que a saúde se difunda sobre a terra! Eclo 38,8
Objetivo geral
Refletir sobre a realidade da saúde pública no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário, na atenção aos enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde. Também: dar atenção à realidade dos enfermos; fortalecer a pastoral da saúde e acompanhar/fiscalizar a aplicação dos recursos públicos na saúde. P.12
Entendemos que saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual e não apenas a ausência de doenças; é o processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre. (guia da pastoral da saúde). P.15
É dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas, oferecer o sistema de tratamento e assistência médica. P.18
Gastos com a saúde: Brasil: setor público – 41,6%; sociedade – 58,4% (p.49) quem está gastando mais com a saúde? Explicação: o dinheiro público provem dos impostos que o cidadão paga. Este, por sua vez, quando precisa de um atendimento de saúde com mais qualidade, precisa pagar novamente. Orçamento de 15% municipal e 12% estadual, administrados com a participação popular. P.55
Compromisso do país com as metas do milênio 1990 – 2015
1. reduzir a miséria e a fome
2. educação básica de qualidade para todos
3. igualdade e mais autonomia para as mulheres
4. redução da mortalidade infantil
5. melhorias na saúde materna
6. combate à epidemias
7. garantia de sustentabilidade ambiental
8. parcerias para o desenvolvimento; p.20
Transição demográfica
Trata-se do aumento da expectativa de vida que acontece desde 1980. A população de idosos já aumentou 107%, enquanto que a de jovens até 14 anos aumentou apenas 14%. Calcula-se que em 2050 teremos 100 milhoes de pessoas idosas com mais de 50 anos. No entanto, 48,9% dos idosos sofre de alguma doença, o que vai exigir por parte do sistema público de saúde mais tecnologia, mais investimentos e mais humanização no cuidados desses pacientes. P.30-33
Atenção às situações que geram morte
descaso, abandono, desvio de recursos, falta de estrutura, falta de condições de trabalho, falta de equipamentos/aparelhos, falta de profissionais; p.19
falta de médicos 58,1%; demora no atendimento 35,4%; demora para conseguir consultas 33,8%; má distribuição de profissionais, sucateamento das unidades e aparelhos, má aplicação e desvio de recursos; tabela do SUS defasada, redução de recursos. P.64
80% das moléstias do mundo ou, 1/3 dos óbitos são causados por água contaminada e esgotos sem tratamento, ou seja, falta de saneamento básico; p.28
Principais preocupações da saúde pública
1. doenças crônicas não transmissíveis
Responsáveis por 58% das mortes, são elas: cardiovasculares, hipertensão (23,3% dos brasileiros), diabetes, câncer (489 mil casos), doenças renais (ocupam 10% das verbas para saúde) e outras;
2. doenças crônicas transmissíveis
AIDS (20 casos a cada 100 mil hab. Entre 30 e 49 anos), tuberculose (37,99 casos a cada 100 mil hab.), hanseníase, influenza, dengue (936 mil casos); p.36-40
3. comportamentos de risco
Tabagismo (90% dos casos de câncer, mata 200 mil pessoas ao ano), alcoolismo (consumido por 18% das pessoas adultas, 60% dos acidentes de transito)p.44, excesso no uso de gorduras, sedentarismo e obesidade, dependência química, imprudência no transito, condições de violência. P.34;41


Condições/fatores necessários para a saúde
Trabalho, habitação, saneamento, educação, meio ambiente, cultura de paz, segurança, esporte/lazer/cultura, distribuição de renda, programas sociais, hábitos saudáveis. P.51
Princípios do SUS (sistema único de saúde)
A saúde é um direito de todos; implica no atedimento a todo e qualquer cidadão, de vacinas à transplantes. Diz respeito à proximidade da população/acesso, unidades básicas, ambulâncias e atendimento complexo/especializado nos grandes centros hospitalares. (P.52-53) 34,7% dos leitos hospitalares do Brasil pertencem a entidades privadas, com 140 mil médicos trabalhando e com 7 milhoes de internações, representando um faturamento de 15 bilhoes de reais (60% pelo SUS). P.58
PORTARIA 1820/2009 sobre direitos e deveres dos usuários da saúde; direito ao atendimento humanizado, por profissionais qualificados, em ambiente adequado e com assistência religiosa. P.61
Saúde na Bíblia
Saúde e salvação significam plenitude, integridade física, espiritual, paz e prosperidade. A humanidade busca pelo sentido da vida, da existência a fim de compreender os desafios, as experiências de doença, sofrimento e morte. P.67
Jesus, o filho de Deus vem ao encontro da humanidade pra sofrer com e por ela, a fim de indicar a redenção, a salvação. Ensina que a doença não é gerada como um castigo de Deus; muito pelo contrário, Deus quer a vida em plenitude, quer libertar o ser humano do pecado e da morte. P.74-75 A questão é que somos modelados pela fragilidade, pela precariedade e carregamos a marca da criaturalidade. P.78
Os sete sacramento para a vida/saúde
Texto: Lc 10,25-37 – o bom samaritano
VER – exercitar a percepção e a sensibilidade para as coisas ao redor
COMPADECER-SE – deixar-se afetar, sentir o que acontece a sua volta
APROXIMAR-SE – atitude de fazer parte, tomar uma realidade para si
CARREGAR – disponibilizar recursos, viabilizar a busca pelos mesmos
HOSPEDAR – dispor de um lugar apropriado para recuperar a saúde
CUIDAR – aplicar todos os recursos disponíveis necessários para a recuperação da saúde (materiais, humanos, espirituais e outros)
CURAR – ação concreta em vista de devolver/recuperar a saúde. P.79-80
Jesus, cruz, morte e ressurreição
A iminência do sofrimento e da dor não fez de Jesus um egoísta revoltado, mas ao contrário, não o impediu de continuar amando e perdoando generosamente. Soube entregar sua vida gratuitamente em missão, com fidelidade e confiança no amor de Deus. Jesus Cristo também passa pela ressurreição, confirmando a vitória sobre a morte, a esperança da saúde, da vida e da salvação. P.85
A missão da comunidade-igreja diante do sofrimento das pessoas é de ir ao encontro, a exemplo de Jesus. O amor cristão nos impele à solidariedade, a fraternidade, ao serviço e a ajuda mútua. Essa atitude nos livra de um sofrimento maior que é o da solidão. P.86-87. Pastorais que podem ser desenvolvidas pela comunidade-igreja: do enfermo, da saúde, da criança, da pessoa idosa, da visitação.
Sugestão de ações concretas p.93
Mapear e conhecer onde a vida se encontra ameaçada
Organizar e dinamizar a pastoral da saúde, do enfermo e da visitação
Ações de caráter educativo e preventivo
Encontros de formação, fóruns, espaços de reflexão
Participar dos conselhos, sindicatos, cooperativas e outros
Conhecer os números do orçamento público para a saúde
Fiscalizar o investimento dos recursos públicos
Atividades em datas relacionadas à saúde e seus profissionais
Planejar cursos de atualização profissional
Exigir um Plano de Saúde Pública
Ações para valorizar os profissionais da saúde
Âmbitos de ação – família, escola, comunidade, sociedade
1º de abril – coleta da solidariedade para projetos alternativos
 
ELABORADO POR, Pe. MARCOS.